terça-feira, 20 de abril de 2010

Benefícios do Body Balance e reflexões sobre mania de perfeição



Após mais ou menos um ano é que fui perceber os benefícios dessa aula, que passei a fazer pelo menos uma vez por semana, para não abandonar por completo os exercícios físicos na academia. O Body Balance é uma aula de uma hora que mescla movimentos de tai chi chuan, yoga e pilates. A trilha sonora é bem interessante e vai desde new age, rock a baladinhas pop com influência de black music, o que dá um ânimo para a gente se manter naquelas posições a princípio esdrúxulas, mas que depois vai entendendo a mecânica e que grupo muscular é trabalhado. Creio que a tônica do programa está nos exercícios de yoga e pilates, que trabalham flexibilidade em um grupo muscular e ao mesmo tempo força em outro. A impressão que dá é que saio das aulas mais ereta com o pescoço mais alongado (meu sonho de consumo é ter um pescoço mais elegante) e mais leve.
Essa aula faz parte de um pacote que as academias compram de aulas prontas idealizadas por um grupo americano (ou canadense), que apresenta essa e outras modalidades de exercícios. Cada programa dura três meses, e depois a sequência é refeita com diferentes exercícios. Os professores têm treinamento, e cada lançamento de uma série nova tem uma espécie de festinha, com a sala enfeitada e mesinha com frutas e suco após a aula, coisa de americano, que fazem de tudo um evento, um show. Mas é animado. Nos lançamentos, em geral a gente vê pessoas que nunca fizeram, e depois nunca mais farão a aula, mas que vão por causa da muvuca. Nas semana posterior tudo volta ao normal e as aulas seguem seu curso tranquilamente.
Já ouvi algumas pessoas falarem mal do Balance: uma disse que não fazia porque já tinha feito yoga e no Balance não se para muito tempo nas posições, outra menina que fez apenas uma aula disse que não dava pra aprender as posições, que ela já tinha feito yoga. Curioso é que para mim o tempo que a gente fica parece durar uma eternidade e olha que não sou assim tão fraquinha. A aula é dinâmica, o propósito é outro. Dá pra gente tirar dúvidas com o professor durante a aula, e eles sempre nos corrigem.
Pensei sobre a mania de perfeição que às vezes nos toma. Gostaria de ter tempo de fazer uma aula só de pilates, outra aula só de yoga, outra de jazz, etc. etc. Se fosse pensar "se não puder fazer todas, então nenhuma outra me serve", acabaria não fazendo nada.
Na dança também não é diferente, a mania de perfeição nos paralisa. Nada contra buscar a excelência, mas fazer o melhor possível dentro do que é possível para o próprio corpo.
Recomendo o Balance para quem dança, pois é uma ótima ferramenta, e além de melhorar flexibilidade e força muscular, tem posições esteticamente agradáveis até inspiradoras para a dança mesmo, seja qual for a modalidade que se pratique.

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