segunda-feira, 4 de julho de 2011

Fazer como a Dandash. Alguém se atreve?



A arte de dançar quase sem deslocamentos. Esse virtuosismo econômico e tranquilo da Dandash, que remete a algumas antigas bailarinas egípcias, contrasta tanto com o que "se espera que dancemos atualmente", pelo menos aqui no Brasil. Claro que se pode dançar um tarab, mas o público em geral por aqui prefere as músicas alegrinhas porque associa com festa e com a ideia geral que se tem de diversão.
E esse é um ponto onde há um certo atrito cultural: pra começar quase ninguém entende as letras e o modo de dançar apreciado é muito mais ligado a show bizz, efeitos cênicos etc. do que propriamente à emoção, como no flamenco, por exemplo. Os bailarinos flamencos podem fazer "caretas", e se tornarem ou mesmo serem de fato "feios", porque é a herança cultural e a arte em si que são colocadas em primeiro plano. Vai a gente dançar ainda que um tarab sem um mísero arabesque e as pessoas irão se perguntar "Quando é que ela vai começar a dançar de fato?"
Estive estudando a Dandash, e nesse vídeo ela faz um movimento com uma mega-abertura de pernas, remetendo às gawazee, antiga referência de dv (informação que tive em um work da Soraia há alguns anos), só que à diferença daquelas, ela dança com uma saia transparente. Por tudo que nos é ensinado em aula, alguém se atreveria a fazer algo do tipo? Ninguém ia entender nada por aqui, garanto, e a bailarina ainda seria alvo de cochichos.
A gente "acha" que entende alguma coisa e de repente percebe que nunca conseguirá assimilar elementos de uma cultura que de fato não é a nossa. O que podemos ter, após anos de estudo, são apenas pinceladas, vislumbres...


domingo, 12 de junho de 2011

maquiagem consciente



Ontem participei de um curso de maquiagem dado por Camila Damato, na Shangrilá. Sou do tempo da regra que para palco pancake e cílios postiços resolviam, mas muita coisa mudou de lá pra cá, e havia tempos que sentia necessidade de me atualizar com as novidades. Sempre gostei de me maquiar sozinha e não depender de filas esperando maquiador, etc. Bom, a moça que deu o curso é pra lá de simpática, deu dicas de sites de importados não tão caros e sugestões que mudaram o meu modo de pensar básico em relação a combinação de cores, fora as trocas de figurinhas entre as participantes que foi também muito legal. O curso para mim foi muito proveitoso.
Mas não foi tanto para falar do curso em si que escrevi, porque no quesito make-up há o Youtube para dar boas dicas em tutoriais e em geral as meninas se viram muito bem. O que eu de uns tempos pra cá passei a me importar é se os produtos cosméticos que costumo utilizar são ou não testados em animais. Porque nenhum show ou estar bem na fita pra mim vale o sofrimento de um animalzinho preso em laboratório com a finalidade de testar o produto que eu uso. Descobri que minha ex-preferida L'Óreal é um dos fabricantes que testam e vou abandonar o meu querido Elsève revitalizante que deixa meu cabelo supermacio. Que se dane, vou tentar achar um similar. Pretendo inclusive deixar mensagem no SAC informando que deixei de ser cliente da marca da qual consumia inúmeros produtos até que eles mudem sua postura quanto a testes, os quais, segundo profissionais da área, não tornam os produtos totalmente seguros, pois a sensibilidade e alergias, etc., variam de espécie para espécie. Há tantas empresas idôneas e com ótimos produtos para a pele, como a Valmari, por exemplo, queridinha de esteticistas sérias, que não há por que testar nos bichinhos, não é mesmo?

Há uma lista de empresas que testam e das que não testam. Quem se importa com o sofrimento animal pode imprimir as listinhas e deixar sempre na bolsa na hora de comprar ou renovar o estoque. Nos sites a seguir, pode-se encontrar listas inclusive de produtos importados:
www.pea.org.br
http://www.institutoninarosa.org.br

O Instituto Nina Rosa, uma entidade defensora dos animais das mais sérias e respeitadas disponibiliza no Youtube vídeos sobre o tema, que valem a pena ser vistos, com depoimentos de biólogos, profissinais e estudantes da área de Biomédicas contando um pouco do que acontece sobre a permanência dessa prática há muito desnecessária.



"Não creia que os animais sofrem menos do que os seres humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar a si mesmos."

Dr. Louis J. Camuti

terça-feira, 10 de maio de 2011

Dos eternos recomeços

Depois de vários meses sem fazer aulas por conta de trabalho escravo, quando me sobra pouca energia até para cuidar de assuntos vitais, meu corpo me cobra. Sinto dores no trapézio, tendinites e enxaquecas se fico sem me exercitar pra valer por algum tempo.
Então achei que estava enferrujada e achei que estaria morta após uma aula de duas horas, mas qual não foi a minha surpresa, quando saí renovada e meu corpo pedindo mais. Agora um novo desafio: estou preparando uma coreo solo de fusão de dv e flamenco para estudos. Sinto que nada me entusiasma mais no mundo. Poderia ficar um dia inteiro só nesses preparativos, a coreo, a roupa, os adereços, mas não dá porque não é assim que eu ganho a vida e tenho de trabalhar sentada, sendo o movimento físico de maior esforço o levantamento de dicionário, e isso ainda porque faço questão de ter os mais importantes em papel para não ficar na mão em caso de queda de energia.
Penso que em dança exercício da técnica com supervisão é necessário para nos indicar caminhos e para que o nosso corpo não desabitue dos movimentos aprendidos, mas podemos utilizar essa técnica a serviço da arte, que para ser boa não deve ter amarras na minha opinião (e na de um monte de gente que entende muito mais de arte do que eu). Você pode aproveitar a técnica e construir algo que faça sentido para você, sendo canônico ou não.
A vida traz muitas surpresas e assim como me sentia amarrada ontem, representa um salto no ar hoje.
Escrevi esse post em solidariedade às desanimadas e combalidas, como me senti ao término de um período. Você pode fazer o que gosta, você pode evoluir e se superar, em qualquer momento e não apenas quando está na casa dos 20. Outra coisa importante: Não deixe ninguém, nem "amiga", nem marido, nem chefe, nem uma banca (não, eu não fui nem nunca irei me inscrever em nenhum selo de qualidade, que Deus me defenda desse estresse, embora ache úteis e proveitosos os workshops preparatórios),nem professora dizer, explícita ou implicitamente, qual é a medida que a dança tem em sua vida se isso é realmente importante para você.
Lembre-se dos elogios sinceros que já recebeu, daquele sorriso de contentamento das bailarinas e professoras talentosas que já teve e que admirava, após uma apresentação sua e siga em frente.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O bicho tá pegando no Egito




O bicho tá pegando por lá, no bom sentido. É emocionante ver o povo em massa, incluindo mulheres, sair às ruas para depor um mau governante. Lembrou-me as Diretas já (de que participei, mas quem tem menos de 30 anos não vai se lembrar) e do impeachment do governo Collor, guardadas as devidas proporções. Dessa manifestação não participei porque estava trabalhando num sistema meio que escravo e não tinha energias para tal, mas saí pra rua na região da Paulista bem na hora do furdunço, quando anunciaram a sua deposição. Foi uma festa geral.

Como pratico uma dança oriunda de lá, tudo que está rolando em larga escala naquela parte do mundo me chama atenção. Quem disse que bailarina não se posiciona politicamente? Não sei se alguma das divas de lá está participando.

Resta saber se as mudanças por lá significarão, além de melhorias de sistemas básicos, um avanço em relação ao papel da mulher naquela cultura. Vamos torcer para que sim.
E enfim surgiu algum assunto que me desse vontade de postar por aqui novamente.
Beijos e um feliz Ano Novo a todos (já é quase Carnaval, mas eu tava com filha de férias, então...). A quem é meu amigo e a quem não é também. A quem deixa comentários e a quem só dá uma espiada rapidinha.
Beijos!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pequenas grandes vitórias


Dançando com alunas

Conseguir dar aulas, manter e já aumentar minha turminha de alunas para 2011.
Terminar a coreo, ensaiar (ainda que com com muita gente faltando, saindo de férias no meio dos ensaios, aquelas coisas que a gente só percebe que irritam mesmo depois que começa a dar aulas). As meninas estavam soltas, felizes, o público estava muito receptivo e caloroso (e olha que não tinha tanto parente assim) e tudo correu muito bem. Dançaram uma introdução clássica que serviu como entrada, seguida de um baladi moderno que elas próprias escolheram e finalizaram com uma percussão de dificuldade razoável. Encararam tudo com muita coragem e alegria. Fiz um solo, não porque goste tanto do formato "professor dança depois sozinho", pois só em DV é que fui ver isso, em flamenco, jazz, hip hop e outros nunca vi. Até já ocorreu uma vez na turma de flamenco, quando eu fazia aulas, de os professores todos juntos no final darem uma palhinha de roupa normal e tudo, mas nada muito estudado, sem nenhum glamour. Mas em DV faz parte do show, o povo, incluindo alunos, quer ver o professor se apresentar, mostrar o que sabe fazer além de tirar o couro nos ensaios e dar broncas. Dancei Yasmina, 9:30, sem editar. Foi um fervo, tava o maior calor, mas valeu muito a pena. Vou postar tudo quando conseguir obter as filmagens.
Nada mau para quem não sabia que rumo tomar com a dança e estava à beira de uma depressão no começo deste do ano! Temos de comemorar todas as vitórias, as pequenas e as grandes. Para mim e minha pequena turma de alunas (todas, assim como eu, de mulheres que trabalham, algumas com filhos para cuidar, casa para administrar, mestrado para concluir) valeu muito a pena deixar um espaço para a arte em nossas vidas.
No fim, concluo que a dança é que literalmente me mantém de pé em todos os sentidos. Mais do que isso, ela está me levando pelas mãos, e eu digo "Eu vou, eu vou..."

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Orgulhos 1 e 2

Orgulho 1



Sábado passado, 27/11, pela manhã, no Teatro Brigadeiro, Clara dançou a Valsa do imperador, de Strauss, coreografia de Carolina Polloni, e nem o fato de a estaferma da mãe dela, esta que vos escreve, ter esquecido de levar as sapatilhas dela! a deixou nervosa. Dançou com sapatilhas emprestadas de uma amiga, como se não houvesse amanhã.

Orgulho 2


No mesmo sábado, à noite, no Teatro Santo Agostinho dancei na festa anual da Shangrilá, onde estudo, música Nesma, coreo da Lulu Sabongi, com pitacos do Gamal Seif. Deus sabe as dificuldades que passei para conseguir fazer as aulas e não deixar meus estudos de dança neste ano, mas por amor à arte, uma confiança inabalável na minha relação com a dança mais a teimosia taurina me fizeram persistir e no final valeu a pena. Minha inspiração tanto nos ensaios como na apresentação foi imaginar e sentir que os músicos que compuseram e executaram essa música maravilhosa estavam lá e também dancei como se não houvesse amanhã.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Surpresas que a dança traz

Após começar a dar aulas de "dança do ventre" tenho começado a pensar em algumas coisas e essa matéria que saiu na uol veio ao encontro disso. Não acho que o formato de blog tenha muito a ver com repassar artigos, mas nem todo mundo que lê os blogs tem o uol como provedor. Então segue o artigo muito interessante sobre os benefícios da dança como forma de terapia, não que pretenda em princípio me tornar uma terapeuta, mas é que algumas alunas têm me relatado que dormem melhor, outras estão se sentindo mais acordadas para várias outras atividades na vida, e isso tem sido surpreendente e muuuito gratificante. Peguei então para ler pela terceira vez o livro A dança, do Klauss Viana, e parece que o estava lendo pela primeira vez. Vou falar depois desse livro em outro post. As pessoas que dançam há algum tempo ou trabalham com dança de alguma fora já estão carecas de conhecer esse livro, mas nem todos que leem os blogs e não chegam a postar comentários, como eu mesma faço qdo estou na correria o conhecem.
Segue o artigo da uol de que falei:

Dança pode prevenir e auxiliar no tratamento de doenças físicas e psicológicas

Cristina Almeida
UOL Ciência e saúde 22/11/2010

Movimentar o corpo ao som de uma música não é prerrogativa dos jovens, nem dos bailarinos profissionais. Cada corpo possui sua própria dança. E os gestos e ritmos cardíaco e biológico são um exemplo disso. Quando esses movimentos são orientados por meio de uma técnica denominada Dança Movimento Terapia (DMT), eles promovem a integração física, emocional, cognitiva e social, e ainda podem auxiliar no tratamento e prevenção da ansiedade, fibromialgia, depressão, estresse, distúrbios alimentares, mal de Parkinson e até câncer. Entre os idosos, ela também aprimora as funções físicas e cognitivas.
Todos esses benefícios têm sido observados por pesquisadores na última década, mas segundo a American Dance Therapy Association (ADTA), há mais de 50 anos a prática é pioneira no entendimento de como o corpo e a mente interagem na saúde e na doença. As sessões de DMT não são uma aula de dança onde se repetem coreografias. Trata-se de um prática guiada por terapeutas devidamente habilitados a estimular movimentos espontâneos. As sessões podem ser individuais ou em grupo, e a técnica utiliza música e admite o uso de brincadeiras e materiais que estimulem a criatividade.
Judith Esperanza, dançaterapeuta e naturopata, diretora do Centro de Formação Internacional em Dançaterapia (Cefid-DMT) , conta que esse recurso foi utilizado pela primeira vez em 1940, nos Estados Unidos. “O objetivo das bailarinas Marian Chace e Trudi Schoop era auxiliar na reabilitação de pacientes desprovidos das capacidades de comunicação e expressão”, diz.
Na América do Sul, a argentina Maria Fux não só adotou a técnica como incorporou novos conceitos em benefício de pessoas com todo tipo de deficiência. “O método é integrativo e não exclui ninguém”, fala Esperanza. “Para a DMT o fato de uma pessoa não poder levantar de uma cadeira, não significa que não possa dançar. Ela movimentará suas partes saudáveis, e é a partir desse potencial que a DMT trabalha. O dançar contempla o todo: braços, dedos, e até o olhar que se move”, explica.
Uma terapia para todos
Na Itália, a bailarina Elena Cerruto, diretora da Associação Sarabanda de Milão e autora do livro No ritmo do coração, dançaterapia entre oriente e ocidente (Phorte Editora), passou a se interessar pela DMT, e nela introduziu elementos da medicina oriental. “A técnica é ao mesmo tempo um tratamento e uma terapia”. “Na DMT prevalece a linguagem não verbal, mas o meu método também estimula a troca verbal. Por isso, introduzi no curso as psicologias ocidental, chinesa e a zen budista”, esclarece a especialista.
No Brasil, não é requisito ser bailarino para trabalhar com a DMT. Entretanto, o interessado deve frequentar um curso de três anos, que tem em seu currículo não só dança, mas também psicologia, musicoterapia, cinesiologia e outras disciplinas. As especialistas esclarecem que, para os praticantes, igualmente não é exigida habilidade física específica, pois a DMT é indicada não só para pessoas com necessidades especiais, mas também para todo adulto, jovem, criança ou idoso, sem limite de idade.
“O proveito psicológico é enorme, pois permite experimentar, expressar e valorizar as próprias potencialidades, muitas vezes superando situações internas que impediam uma vida plena”, afirma Cerruto. “No aspecto físico, o corpo atinge maior elasticidade e capacidade de movimento. Traumas, dores nas costas, contrações e cefaleias podem desaparecer por meio da nova consciência do próprio corpo”, completa.
Esperanza observa que não há contraindicações para a DMT, mas os praticantes devem estar atentos aos seus próprios limites, especialmente no início. “Com o passar do tempo, a escuta pessoal se aprimora, e já não há riscos de cometer excessos”, diz.
Corpo que enxerga
Para Elisabetta Vianello, 60 anos, a DMT trouxe melhora na qualidade de vida. Como há mais de quarenta anos perdeu a visão, a técnica trouxe alívio para as tensões físicas e psíquicas. “Eu me movo melhor no ambiente que me cerca, com simplicidade e certa desenvoltura, superando os limites e enxergando com o corpo”, relata. “Durante as sessões, sinto minha respiração viva e palpitante, especialmente nas zonas que estão sempre bloqueadas: o diafragma e o abdômen. O coração também bate de forma harmoniosa e a circulação melhora. Tudo isso me deixa mais serena”, completa.
Para o cardiologista e cirurgião Giovanni Ansaldi, membro da Sociedade Italiana de Medicina Psicossomática, o valor da DMT é que ela “estimula o movimento visando o bem-estar psicofísico de uma comunidade onde o sedentarismo é a regra”.
Cláudio Santili, professor do departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, e presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT) concorda: “O mais importante da dança é a capacidade de colocar as pessoas em movimento, favorecendo o aparelho locomotor, a musculatura e os ossos”.
Porém, diferentemente de outras atividades como a ginástica ou alguma modalidade esportiva, acrescenta Ansaldi, “A DMT promove a consciência do corpo e, por meio do movimento, um contato mais profundo consigo mesmo”. “Os benefícios físicos para o aparelho cardiorrespiratório e muscular juntam-se aos psicológicos, não menos importantes”, diz. Os especialistas falam que o tempo de espera para usufruir dessa melhora dependerá de cada pessoa, mas em média, após dois meses, já se notará alguma evolução, que tende a crescer ao longo da prática.
Função analgésica
Observando a DMT de perto, o médico italiano verificou que ela também pode ser útil para aqueles pessoas que se sentem traídas pelo próprio físico, por achar que ele não atende aos modelos da moda. “Com a DMT, o corpo passa a ser usado ao invés de rejeitado. Além disso, ele é vivenciado numa dimensão comunicativa e criativa”. E acrescenta: “do ponto de vista estritamente orgânico, a DMT figura entre as terapias de maior função analgésica. Como os movimentos não são obrigatórios, nem predeterminados, a pessoa assume de forma solta e consciente, aqueles que melhor se prestam à liberação das tensões”.
Entre os idosos que perderam a mobilidade, relata Esperanza, a experiência pode ser ainda mais extraordinária. Além da resposta física, para eles há a possibilidade de resgatar a autoconfiança, criar laços de amizade e sair da solidão, além de se comunicar e tomar consciência de que ainda estão vivos. “O papel do terapeuta é ter clareza quanto às intervenções que faz, aproveitando e gerenciando cada instante durante as sessões. Afinal, nesse momento, é ele a ponte que leva o idoso ao encontro de suas próprias potencialidades”, conclui.