sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pequenas grandes vitórias


Dançando com alunas

Conseguir dar aulas, manter e já aumentar minha turminha de alunas para 2011.
Terminar a coreo, ensaiar (ainda que com com muita gente faltando, saindo de férias no meio dos ensaios, aquelas coisas que a gente só percebe que irritam mesmo depois que começa a dar aulas). As meninas estavam soltas, felizes, o público estava muito receptivo e caloroso (e olha que não tinha tanto parente assim) e tudo correu muito bem. Dançaram uma introdução clássica que serviu como entrada, seguida de um baladi moderno que elas próprias escolheram e finalizaram com uma percussão de dificuldade razoável. Encararam tudo com muita coragem e alegria. Fiz um solo, não porque goste tanto do formato "professor dança depois sozinho", pois só em DV é que fui ver isso, em flamenco, jazz, hip hop e outros nunca vi. Até já ocorreu uma vez na turma de flamenco, quando eu fazia aulas, de os professores todos juntos no final darem uma palhinha de roupa normal e tudo, mas nada muito estudado, sem nenhum glamour. Mas em DV faz parte do show, o povo, incluindo alunos, quer ver o professor se apresentar, mostrar o que sabe fazer além de tirar o couro nos ensaios e dar broncas. Dancei Yasmina, 9:30, sem editar. Foi um fervo, tava o maior calor, mas valeu muito a pena. Vou postar tudo quando conseguir obter as filmagens.
Nada mau para quem não sabia que rumo tomar com a dança e estava à beira de uma depressão no começo deste do ano! Temos de comemorar todas as vitórias, as pequenas e as grandes. Para mim e minha pequena turma de alunas (todas, assim como eu, de mulheres que trabalham, algumas com filhos para cuidar, casa para administrar, mestrado para concluir) valeu muito a pena deixar um espaço para a arte em nossas vidas.
No fim, concluo que a dança é que literalmente me mantém de pé em todos os sentidos. Mais do que isso, ela está me levando pelas mãos, e eu digo "Eu vou, eu vou..."

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Orgulhos 1 e 2

Orgulho 1



Sábado passado, 27/11, pela manhã, no Teatro Brigadeiro, Clara dançou a Valsa do imperador, de Strauss, coreografia de Carolina Polloni, e nem o fato de a estaferma da mãe dela, esta que vos escreve, ter esquecido de levar as sapatilhas dela! a deixou nervosa. Dançou com sapatilhas emprestadas de uma amiga, como se não houvesse amanhã.

Orgulho 2


No mesmo sábado, à noite, no Teatro Santo Agostinho dancei na festa anual da Shangrilá, onde estudo, música Nesma, coreo da Lulu Sabongi, com pitacos do Gamal Seif. Deus sabe as dificuldades que passei para conseguir fazer as aulas e não deixar meus estudos de dança neste ano, mas por amor à arte, uma confiança inabalável na minha relação com a dança mais a teimosia taurina me fizeram persistir e no final valeu a pena. Minha inspiração tanto nos ensaios como na apresentação foi imaginar e sentir que os músicos que compuseram e executaram essa música maravilhosa estavam lá e também dancei como se não houvesse amanhã.